segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ESPERA

Fumei um cigarro
Entre as janelas
Que me abriam
O futuro.
Estava ansioso
E novo
A espera da realidade.
Infelizmente
Aconteceu
Apenas um vento
E eu permaneci
Ali,
Com  meu cigarro,
Esperando....

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A ESTÁTICA REBELIÃO CONTRA O COTIDIANO

De tanto querer ir além da prisão dos fatos estabelecidos, abominei com tamanha aversão as rotinas, que me abandonei, fiquei ali, patético e inerte, a espera de qualquer coisa que nunca aconteceu. Cada destino humano, afinal, tem seus silêncios que inspiram inércias.

Os dicionários dão ao fenômeno a palavra ACOMODAÇÃO. Mas ela não explica nada, não diz a coisa a qual tenta servir de nome. Os psicólogos também não gozam de melhor sorte na explicação do estado apático que personifica certas modalidades de rebelião muda contra as rotinas, nossas insubordinações mais intimas escapam a todas as explicações.

domingo, 17 de novembro de 2013

AFORISMA INDIGNADO



A vida me ensinou a falar sobre o que dá errado e me calar sobre o que da certo para revelar a hipocrisia atroz dos bem intencionados....
Não esperem de mim qualquer verdade que não se desfaça frente ao caos da liberdade

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

duas citações de teoria critica lembrando maio de 1968



“Num mundo feio não pode existir liberdade.”
HEBERT MARCUSE

-Senhor professor,há duas semanas o mundo ainda parecia em ordem...
-Não para mim.”
Theodor W Adorno in entrevista  concedia em maio de 1968 e publicada  na revista Spiegel em maio de 1968

AO MAIS NOVO DOS DIAS FUTUROS!

Deixa de lado
O dia a dia
E vem beber comigo,
Botar pra fora
Este grito contido,
Este intensa vontade
Que o sol desabe do céu
E nos acorde a verdade.
Vamos beber,
Viver até o limite
Da existência,
Girar com o mundo
E nunca  mais sofrer!


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

QUASE DETERMINISMO

Não foram poucas
Às vezes
Em que pensei
Em escolher
Meu destino
Sem perceber
Que eram os fatos
Que me escolhiam.
Muitas vezes
Esperei mais de mim
Do que deveria...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

ERRÂNCIA

Quase não vejo pessoas
Nas paisagens
Que deixo pra traz
E que não cabem
Em minha memória
Tão pobre de recordações.
Minha bagagem, afinal,
É o silêncio,
O vazio e o tédio.
Converso apenas
Como meu cigarro,
A fumaça e o vento.

MEGALOMANIA

Sou tão humano
Quanto meus sonhos,
Tão fraco quanto
Minhas emoções,
E tão miserável quanto
Minhas limitações.
Mesmo assim,
Carrego no peito
O sentimento vivo
E profundo
De que sou maior que o vento
E o próprio mundo.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

ESPECTATIVA NOTURNA

A tarde passa em silêncio,
Absurda e apática,
Sonhando noites enluaradas.


O futuro
Talvez chegue mais
Cedo
E reinvente
A noite estrelada.


Seja lá como for
sei que será frio.