Gosto da madrugada, das horas que
a gente perde em intimidade com tudo
aquilo que não nos faz no mundo, que não nos diz sociedade, mas apenas a
solidão de mergulhar nos abismos da noite, sem o consolo de qualquer salvação.
Gosto de pensar que não haverá um
amanhã, café, rotina e obrigações.
Apenas este tédio, este vazio,
onde brigo com o espelho, o mundo e o silêncio dos meus desejos inconformados
com tanta realidade vazia!
Nada melhor nas horas mortas do
dia do que cigarro, álcool e poesia.