A ocorrência de surpresas são
raras em nossas vidas. Na maior parte do tempo nos ocupamos com atividades e
acontecimentos rotineiros e turvos. Quase não nos damos conta do estranho que
habita em nós. Ele é como uma persona indeterminada sempre a espera do
inesperado.
Os ávidos por viagens, noitadas,
esportes radicais e atividades que envolvem algum tipo de risco, são os mais sensíveis
ao chamado interior deste intimo estranho. Ele espreita e aproveita qualquer oportunidade:
Uma conversa com estranhos ao caminho do trabalho, almoçar em um lugar
diferente... qualquer pretexto, por menor que seja, pode ser um chamado, o pivôr
de um desencadeamento de eventos não previstos que introduz pessoas, paisagens
e experiências novas. É assim que ele vence. O estranho vive contra tudo que é
familiar e rotineiro. Mas é justamente por isso que ele permanece apenas um espectro dentro de nós. Ele sempre perde. Toda
novidade se converte em algo corriqueiro quando se torna uma experiência de médio
ou longo prazo. Por isso é sempre preciso começar de novo e assim proceder
sempre.