sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

FILOSOFIA DA BOEMIA


Em pequenas doses
Fui entornando a vida
Os futuros
E os sonhos antigos.
Fui me despindo das vontades
E das vaidades
Até que a vida
Se tornasse simples
Como uma garrava de vinho.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

FUME MACONHA

Talvez a vida nunca se realize, mas você consiga dar certo de modo muito torto, muito louco e, absolutamente ao contrario de tudo aquilo que esperava.

Acenda um baseado e talvez você me  entenda e pare de buscar um significado nas coisas que o mundo diz que importam  e te iludem com tantas cotidianas mentiras.

Fume maconha....

Pense.

DEFININDO A VIDA

A PORRA DA VIDA É AQUELA MERDA TODA QUE ACONTECE  ENQUANTO ESTOU BEBENDO E FUMANDO MACONHA...

NADA MAIS DO QUE ISSO...

POIS MINHA VIDA É UM TRABALHO DE FICÇÃO DEDICADO AO NADA E A NINGUÉM...


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

VIVER NÃO ME BASTA

A vida foi apenas isso...
Esse limite contra as urgências
Do momento
Diante das minhastortas vontades
De agora e sempre.
Pessoas não mudam.
Só pioram em seu desastre pessoal
De se inventar gente
Contra a sociedade....
Mas a vida é apenas isso....
Cotidiano e agonia.

INTIMA TEMPESTADE

Guardo em mim mais vontades
Do que o mundo,
Mais necessidades do que o acaso
E mais imaginações  do que destinos.
Guardo em mim várias possibilidades
De vazio e agonia

Na constante invenção de mim mesmo.

sábado, 17 de janeiro de 2015

BREVE NOTA SOBRE A SOLIDÃO

Estar sozinho sempre foi a minha maldição e meu trunfo.
Não sou do tipo que se dá bem no trato social. Tenho opiniões e vontades demais e nunca acreditei na falácia do amor ao próximo. Na verdade não considero ninguém meu semelhante. Julgo-me único.

De modo geral as pessoas me aborrecem. Todo mundo vive fechado em sua própria existência, em sua versão pessoal da realidade. Eu tenho a minha e não abro mão dela para me tornar funcional e adequado ao convívio social.


Ando muito ocupado tentando entender esse negócio dos diabos que é viver.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

NA CONTRAMÃO

Vivemos em  sociedades caóticas fantasiadas de ordem onde não temos a mínima importância como indivíduos.
Cada um persegue seus egoísmos e se abriga na hipocrisia de qualquer convicção vazia sobre o pseudo significado e sentido das coisas, adéqua-se a referencias afetivas , rotinas e a uma persona que lhe permite ser funcional entre os outros.
Ao contrário da maioria, entretanto, optei pela vertigem das minhas desmedidas subjetivas, contra o vazio dos bons hábitos socialmente impostos.

Vivo entre os outros, mas cada vez mais sem estar com os outros.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

EU E O GRITO

Como a maioria das pessoas
Eu não vivo.
Apenas existo,
Respiro e morro
Fazendo coisas
Que todo mundo faz.

Não tenho partidos,
Não procuro sentidos
E odeio princípios.

Eu sou
O aqui e agora
Do meu grito!


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

ELOGIO AO FRACASSO

Acumulei algumas ruínas,
Algumas vertigens e
Tropeços
Até abandonar
De vez
Qualquer caminho,
Expectativa ou sonho.

Jamais darei certo,
Dispenso aplausos e admirações.
Prefiro está entre os malditos,
O desesperados e loucos;

Jamais vestirei terno e gravata.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

ROTINA

Acordarei mais tarde
Quando novamente
For ontem.
Que diferença faz
Se todos os dias
São iguais?
É sempre o mesmo tédio,
A mesma notícia pronta
No jornal.
Tudo sempre igual.
Apenas eu diferente
E cada vez mais indiferente

A tudo.

sábado, 10 de janeiro de 2015

DESALENTO

Há dias em que tudo que importa é esquecer do mundo, perder-se das coisas nos abismos de si mesmo, contra nossa absurda vida cotidiana.Pois, as vezes, o mundo apenas inspira nojo. E não vale a pena surpreender-se com a novidade do próximo segundo, com as mentiras compartilhadas e a decrepitude inerente as ainda vigentes verdades sagradas.

Que morra o mundo para que eu possa viver!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

DESENCANTO

Não direi nada sobre as perdas
De ontem e de hoje,
Sobre as esperanças perdidas
Ou sobre as ilusões desfeitas.

Esquecerei os cacos caídos no tempo
Daqueles dias de sol e certezas
Que alguma noite quebrou
repentinamente.

Esquecerei a beleza.


REVISÃO

Joguei fora alguns sonhos antigos,
Não me serviam mais
Para viver a vida.
Também dispensei
Algumas velhas mentiras.
Sobrou ao fim
Apenas o silêncio

Da minha simples condição humana.

domingo, 4 de janeiro de 2015

ÓCIO CANABICO

O tempo dorme em minhas inércias
E minhas vontades
Revelam-se tímidas
Diante dos abismos das necessidades.

Melhor fumar um cigarrro canábico
E não pensar em nada,
Deixar a vida acontecer
Enquanto meu querer se reinventa
Nos pequenos detalhes do simples

Cotidiano.