apenas o fardo diário
da mais brutal sobrevivência.
Tudo em nós é necessidade
e determinismo.
Somos feitos de fome.
Mas desaprendemos a animalidade,
nos tornamos pequenos escravos
de nossa duvidosa civilidade,
de nossa detestável humanidade.
Existir nos degrada.
Abandonamos nossos instintos.
Fomos reduzidos a nulidades.
mas, estranhamente,
estamos felizes,
apesar toda vulnerabilidade.