segundo os donos do mundo,
nada é injusto
no melhor dos mundos.
Bandidos pedem justiça
em nome da moral, da fé, e dos bons costumes,
racistas se julgam incompreendidos,
fascistas reivindicam livre expressão,
e políticos arrotam dignidade.
Os opressores reclamam dos oprimidos
e quase não se fala da imaterial e material miséria
da cultura capitalística.
Ignora-se todo absurdo progresso industrial,
todo o horror colonial,
no elogio cretino dos vitóriosos tempos modernos.