Atualmente o tabagismo é tratado como um problema radical de saúde pública que inspira legislações autoritárias destinadas a impor ao individuo o suposto direito coletivo. Este blog destina-se a defesa do oposto: a garantia das escolhas individuais a qualquer custo...
Qualquer outra vida! O cotidiano regrado e conformado, definitivamente, não me basta, não diz a existência! Quero ser livre! Fazer acontecer liberdade, respirar um pouco do ar fresco de qualquer outro mundo!
A vida é linda quando a gente desiste de ser livre. Por isso muitos se rendem a burocracia da existência. Deixam de lado a revolta, a angústia e a vontade de fugir de tudo.
Abraçam o luxo e o consumo, o prazer da boa mesa. Gastam horas com futilidades. Tudo em nome da busca pelo aqui e agora da felicidade.
São poucos os loucos que se danam no meio da rua embriagados de liberdade.
Um segundo é suficiente para fugir do mundo,
Para escapar às grades da rotina,
E brincar como uma criança em meio a catástrofe que tem sido a vida.
Basta um pouco de desespero ou de coragem,
A companhia de um livro ou outros baratos,
Para saber a existência pelo avesso
Através dos labirintos do que não faz sentido.
Ser bem sucedido em uma derrota é o paradoxo vivido por qualquer poeta. Despido da ilusão de felicidade, lhe resta a redenção pelo verso.
Nada é perfeito. Somos escravos de nossas necessidades, prisioneiros da sociedade. Mas a poesia é uma busca pela liberdade, pela experiência sublime do nada.
Em meio às tantas ambições fúteis que movem o mundo, o fracasso é uma virtude.
O problema não é a rotina, a persona que me define entre os outros, ou minhas expectativas pessoais em relação a vida. O grande problema é o abismo que faz coincidir o eu e o mundo, esta estranha confusão entre o eu e o nós,através do tu, que faz tudo se resumir a eles.
Não há ontologia possível, nenhuma substância no exercício de mim mesmo que não se reduza em um ato impessoal de linguagem. Diante de tal constatação acender um cigarro e esquecer de mim mesmo é quase redentor.