quarta-feira, 6 de março de 2019

O EU COMO FICÇÃO

O problema não é a rotina, a persona que me define entre os outros, ou minhas expectativas pessoais em relação a vida. O grande problema é o abismo que faz coincidir o eu e o mundo, esta estranha confusão entre o eu e o nós,através do tu, que faz tudo se resumir a eles. 

Não há ontologia possível, nenhuma substância no exercício de mim mesmo que não se reduza em um ato impessoal de linguagem. Diante de tal constatação acender um cigarro e esquecer de mim mesmo é quase redentor.

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