quarta-feira, 30 de novembro de 2022

CIVILIZADOS

Resta-nos agora
apenas o fardo diário
da mais brutal sobrevivência.

Tudo em nós é necessidade
e determinismo.
Somos feitos de fome.
Mas desaprendemos a animalidade,
nos tornamos pequenos escravos
de nossa duvidosa  civilidade,
de nossa detestável humanidade.

Existir nos degrada.
Abandonamos nossos instintos.
Fomos reduzidos a nulidades.
mas, estranhamente,
estamos felizes,
apesar toda vulnerabilidade.


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