segunda-feira, 9 de setembro de 2013

CÁRCERE



Importa apenas fugir constantemente do que se vive sem desespero, domesticar essa inquietude  que não se cala com o por do sol. É preciso menos cotidiano, uma migalha de sonho para se reapreender a vida sem susto. 

Mas tudo é tão indomável, tão sem razão. As respostas ficam engasgadas nas mãos que já não tecem qualquer destino, que se sabem frias e trêmulas, contaminadas por uma fome de coisas sem nome.

Hoje queria jantar em algum canto distante e ter a quem dirigir palavras vazias. Mas não sou do tipo. Jantar, noite de sono e companhia não me enfeitam os dias. Apenas esta busca, esta chama que de tão intensa se esgota depressa....

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