Importa apenas fugir constantemente
do que se vive sem desespero, domesticar essa inquietude que não se cala com o por do sol. É preciso
menos cotidiano, uma migalha de sonho para se reapreender a vida sem susto.
Mas tudo é tão
indomável, tão sem razão. As respostas ficam engasgadas nas mãos que já não
tecem qualquer destino, que se sabem frias e trêmulas, contaminadas por uma
fome de coisas sem nome.
Hoje queria jantar em
algum canto distante e ter a quem dirigir palavras vazias. Mas não sou do tipo.
Jantar, noite de sono e companhia não me enfeitam os dias. Apenas esta busca,
esta chama que de tão intensa se esgota depressa....
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