segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

SENSIBILIDADE TRÁGICA

O Tempo diariamente me desafia a não nos conformar com as exigências da vida cotidiana, com as obrigações sem alma e vazios de rotineiras e fúteis estratégias de mera e elementar sobrevivência.

O mesmo Tempo, entretanto, também nos mata, nos rouba todas as certezas e desconstrói constantemente aquilo que realizamos, escamoteando qualquer possibilidade de mergulhar no superficial dos atos e fatos em busca de qualquer coisa que nos refaça, que nos permita acontecer no mundo de uma forma inteiramente outra de nós mesmos.

O Tempo nos rouba qualquer segurança...

Atônicos nos refugiamos no momento de agora, que é sempre um outro em seu constante acontecer ilegível que desesperadamente procuramos domesticar.
Mas a verdade é que cada vez menos somos senhores de nossas vidas.

As imaginações se impõem as nossas vontades.


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