Sei que me tornei um espectador
passivo da minha própria vida. Acho mesmo que me tornei escravo de minhas
inercias e rotinas. Afinal, o que mais fazemos do que buscar o tempo todo
alguma segurança e estabilidade diante da vida? Mesmo que o tempo sempre aponte
para a direção contrária. Nada mais natural que eu tenha me deixado prender ao
pouco que tenho como um animal que se acostuma à jaula. Pouco é melhor do que
nada. Mesmo quando me condeno por isso não abdico de minha resignação
instintiva. No fundo tudo que nos move é o imperativo da sobrevivência. Mesmo
que precisemos de cada vez mais artificialismos para sobreviver.
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