Há na palavra uma vida
que não cabe no cotidiano,
que não é prática, útil,
ou compartilhável.
É uma vida onde o pensamento some,
onde a gente imagina
qualquer coisa mais intensa
do que a mera realidade,
uma vida que não cabe
na palavra vida.
Não se trata de metafísica.
A palavra liberta quem escreve,
mesmo que não desfaça a prisão,
mesmo quando as letras não falam,
pois põem em xeque todo sentido e perspectivas
que nos ensinaram na escola.
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