os lugares mudam.
Pessoas morrem,
Pessoas nascem
entre o cotidiano e o desastre.
Nada, entretanto, transforma.
Toda mudança conserva,
contra nossas esperanças,
as rotinas que nos conformam
ao eterno retorno do nada.
Mesmo assim,
ainda sonhamos
com o vento fresco
de alguma redentora revolta,
recusamos com veemência
o vazio dos
conformismos e obediências
que consagram,
entre tantas mudanças,
a manutenção dos poderes que nos sufocam.
Que nada limite nossa imaginação,
nossa fome de destruição,
nossa vitalidade,
nossa raiva contra tudo que define
a sociedade contemporânea.
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