Meus pés jamais saberão
a segurança de um chão.
Pois tenho sede de mar
e vontade de imensidão.
Meu destino é um adeus
sempre renovado
as vésperas de um último porto.
Todos os meus dias
tem gosto de naufrágios
e sabor de despedidas.
Desde sempre tenho navegado
nas águas profundas e negras da melancolia
esperando morrer afogado
no rio que bebeu minha infância.
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