segunda-feira, 22 de abril de 2013

A ULTIMA BALADA DA CANETA LOUCA



Aquela nobre caneta

Escreveu

Em um susto,

Repentina e nervosamente,

No lugar nenhum do papel.


Não disse nada,

Só misturou

Aleatóriamente

Palavras em um borrão de tinta.

 Sofreu um derrame,

Colorindo o branco

Da folha

Com a treva da tinta

Que por tanto tempo

Lhe serviu de voz.


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