Desperto cedo e preguiçoso,
Sem vontade de sair da cama
E enfrentar o diurno.
Sei que o dia não tem nada a me dizer
E ainda tenho um gosto de onírico
Na consciência das coisas
Contra o imperativo da realidade.
Adivinho inercias
através da banalidade dos meus atos
Como se toda existência
Se resumisse em um impasse
Entre o eu e o mundo.
Confuso,
Tento dormir mais um pouco,
Esquecer os enunciados absurdos
Que decoram meu pensamento convulso.
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