De que forma ainda é possível estar aqui, agora e já em outra parte?
Eis a magia da ansiedade que nos revela que não existimos exatamente
neste momento, mas em seus antecedentes, em suas sucessões, e através do seu
movimento indeterminado, descentrado, sem antes e depois. Tudo que desaparece é
a realidade como um ponto fixo em um espaço impreciso de coisas diversas. A
realidade não se sustenta, não se fixa. É uma indefinição constante das coisas.
Mas é preciso estranhar a consciência para perceber o quanto nada é como
pensamos.
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