sexta-feira, 3 de maio de 2019

MATURIDADE



Deixei de lado o sem tempo das minhas urgências.
Sigo agora conformado a prisão de rotinas.
Espero apenas mais um dia de tédio,
Horas desbotadas e sem novidades.

Sei que já não tenho mais idade para viver,
Que perdi a liberdade da juventude
Em qualquer fim de tarde de outono.
O que eu sou agora é essa mosca morta
Que ninguém vê,
Esse rosto pálido e opaco.

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