sujos de terra,
brutos,
como a vida que a gente leva.
Detesto poemas de confeitaria
que enfeitam o mundo,
que cagam lirismos e humanismos,
ou o elitismo do concretismo,
esperando um trono nas livrarias.
Gosto de versos em pânico,
atônicos e delirantes,
que berram alguma insurgência.
Gosto de versos gagos,
incertos e rasos,
que arranham a pele
do pensamento,
que provocam sensações delinquentes,
que secam uma garrafa de vinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário