domingo, 24 de outubro de 2021

ELOGIO A IGNORÂNCIA

Não esperem que eu diga algo útil, 
agradável ou inteligente.
Não sou um palhaço da comunicação, 
do espetáculo da informação,
ou da industrialização do verbo.
Muito pelo contrário.
Sou destes que falam sozinho,
que desfaz lógicas e ignora a boa Razão. 
Falo como os bêbados e os loucos,
sigo livre pelo labirinto do sentido
até desvelar  contra-verdades.

Escute o mar, as arvores,
os pássaros e as imaginações, 
contra a prisão dos tratados,
dos letratos e eruditos.
A voz é sempre mais potente que a escrita.





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