quarta-feira, 29 de abril de 2020

DESENCANTADA MATURIDADE

Passei da idade de ter esperanças, 
De acreditar no mundo
E sonhar futuros.

Sei os desastres cotidianos
Que nos definem como sociedade.
Todos os fracassos da humanidade.

Aprendi o vazio de nossas rotinas,
O abismo do nosso consumismo, 
Amores baratos e violência urbana.

A vida danificada que nos desgasta,
Que nos apaga em um fluxo de informações, 
Opiniões e espetacularização midiática,
Nos torna menos que nada.

Tudo se descarta, se recicla 
E não  significa mais nada.

Não  quero ser produtivo,
Um pós  doutor em verdades caducas.
Prefiro fugir pro mato,
Me embriagar até  o infinito.




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