domingo, 26 de abril de 2020

QUARENTENA

Respira-se a morte nas ruas.
Nenhum lugar é seguro.
E o tédio de um dia infinito
Cabe nas grades de nossas janelas.

A vida segue sem amanhã
No deserto do tempo presente
Enquanto a morte reinventa a  cidade
E o céu escorre pelas paredes do apartamento.

A normalidade toca no rádio
E a gente finge que ar não  está podre
Enquanto morre de tédio. 













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