quinta-feira, 30 de abril de 2020

INCÊNDIO SEM FOGO

A cidade queima em um grande incêndio sem fogo.

Há pânico nas ruas vazias,
Angústias nas janelas,
E a morte invade as casas.

Todo dia tem gosto de noite. 
É  sempre véspera de fim de mundo.
 O cotidiano arde em febre.

A morte define a cidade.
Nada faz sentido.
Mas há quem sustente doentiamente 
A normalidade perdida
Em França nostalgia da ordem antiga.

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