Por contra cultura entende-se hoje toda formulação cultural que propõe qualquer tipo de ruptura ideológica do establishment. Tal definição demasiadamente ampla nos permite pensar como contracultura, fora do contexto de fins dos anos 50 e 60 do último século, tal como se convencionou a fazer, todo e qualquer movimento ou proposta cultural que se oponha aos valores convencionais em uma perspectiva libertária.
Assim, contra cultura passa a ser entendida como uma subcultura da liberdade ou potencial “revolução cultural” que aponta para modos de vida e estratégias de sociabilidade estranhas aquelas estabelecidas pelas instituições da Modernidade.
Ainda não são bem claras as novas formas de “significação das coisas” que definem a contemporaneidade da contracultura, mas um dos seus traços mais definidores é certamente a afirmação da liberdade individual frente ás inercias dos lugares comuns da vida social mediante a construção de uma nova consciência global, multicultural e digital que faz emergir uma série de “bandeiras particularistas”. As novas sexualidades, o ateísmo e a causa canábica são bons exemplos dessa tendência.
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