Não me reconheço em minhas fotos de infância,
Nem em meus fragmentados dilemas de tempo presente.
Também não me vejo em qualquer perspectiva de futuro,
Em qualquer destino que me defina no passar vazio dos dias.
Sinto-me hoje passageiro de mim mesmo,
Etéreo e atônico no labirinto existencial em que me perco
Vazio de todas as coisas.
Mas, ao mesmo tempo, não me importa a afetividade vivida e perdida,
Meus inúteis sentimentos de mundo e incomunicáveis ruinas de consciência.
Basta-me, acima de tudo, a perpetuada experiência do aqui e agora
De estar quase vivo.
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