quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

FUTUROS IMPOSSÍVEIS


Tudo que precisava hoje era dormir e acordar depois de pelo menos duzentos anos de bom sono. Então me surpreenderia diante de um mundo novo com novos problemas e velhas questões. Acho que assim, de algum modo estranho, me livraria finalmente de mim mesmo. Poderia  reinventar meus dias sem o peso dos meus  passados, redescobrindo a vida ao sabor das novidades de uma outra época. Não que eu espere um mundo melhor daqui a duzentos anos. Apenas preciso de problemas novos, mesmo que inspirados pelas piores previsões distópicas.  


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