A realidade sempre atrapalha o poema,
Mas não cala o verso
Que mesmo torto se impõe.
Não farei, porém, poemas assustados,
Medrosos e indecisos.
Não quero falar dos fatos.
Afinal, não sou jornalista
E odeio rotina, cotidiano
E todas as datas do calendário.
Tenho horror, principalmente,
Ao trabalho.
Farei versos como quem delira.
Pouco me importa a realidade.
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