Enterrado no não lugar comum de um apartamento inscrito na
desfuncionalidade urbana, invento delírios através de generosas doses de
uísque, desvelo toda fragilidade da existência banal e ordinária. Que sentido
faz tudo isso que nos oferecem coletivamente como vida?
Tenho me perguntado muito sobre quem eu sou. Os outros sempre se
apresentam como resposta. Pois é o espelho quem me apresenta a mim mesmo. Por isso acendo um cigarro e desvendo na fumaça todos
os dilemas ontológicos que me assombram e angustiam.
Quem eu sou me parece uma
pergunta sem qualquer sentido, pois a resposta sempre depende da imaginação e
do vazio dos outros.
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