Não nos reconhecemos
quando perdemos o controle sobre as situações vividas. Nunca nos consideramos
responsáveis pelas coisas ruins que nos acontecem. Por isso inventamos, deuses,
destino, ideologias. Precisamos sempre de bodes expiatórios para fugir a
qualquer responsabilidade. Afinal, não podemos admitir que somos uns
fracassados e mal resolvidos, que estamos a deriva em um mundo sem sentido,
seguindo sem qualquer perspectiva. Mas no final sempre recorremos a garrafas e
maços de cigarro para lidar com isso.
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