domingo, 25 de novembro de 2018

O EU CONTRA O ROSTO

Assombra cada um de nós o risco constante da perda do eu. Por isso cultivamos a verdade como meta e buscarmos o ideal como caminho do eu ao nós. É assim que desde os gregos antigos aprendemos a nos inventar, a produzir subjetividades.
 
O rosto sempre predomina sobre o corpo. Ele é a paisagem que define nossa unidade, que esclarece nosso corpo como singularidade. Mas o eu sempre confronta o rosto com o ideal. Contrapõe a vida e a natureza animal no jogo entre a verdade e a necessidade. Mas o eu não é páreo para o rosto. Ambos nunca coincidem e jamais permanecem os mesmos.

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