sábado, 24 de novembro de 2018

SEM TETO


Preso à cidade,
Procuro nos becos um pouco de liberdade.
Busco um espaço sem endereço,
Um canto que negue a rua.

Quero qualquer abraço de terreno baldio,
De casa abandonada que me sirva de abrigo.
Moro onde não se habita.
Meu coração é mendigo.
E a cidade sempre me nega a face.

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