quarta-feira, 24 de abril de 2019

A CIDADE E A ARTE DE CAMINHAR



O flanar pela cidade como um indigente é o passatempo preferido dos que sonham a realidade, dos que sabem a vida como um encantamento, um chamado, como uma aventura do pensamento e de múltiplas sensibilidades que induzem a um estranhamento de tudo que existe.

Nada é familiar ou banal quando somos inspirados pelo imaginação. Tudo guarda segredos e delírios. Cada canto da cidade esconde vertigens, nervosismos e urgências. Basta prestar atenção no desatento oficio de somar passos  aleatórios.

Como é agradável não ter destinos ou propósitos, admirar cada detalhe da paisagem urbana. São tantas coisas acontecendo, tantos outros, que até duvido de mim mesmo. Apenas os lugares existem como pontos de passagem. A cidade é movimento, inquietude e agonia.  


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