terça-feira, 30 de abril de 2019

A SOCIEDADE COMO PRISÃO



Tenho uma casa sem muito conforto. Todas as noites ela me abriga contra os espaços abertos da cidade, contra os outros. Mesmo assim, tendo a toma-la como uma extensão do espaço social urbano e não propriamente como um lugar de refúgio e privacidade. Vejo meu pequeno apartamento como uma cela. No fundo, essa é a função que ele cumpre em minha rotina de cidadão produtivo. 

Seja em casa ou na rua, não sou mais do que um prisioneiro em minha própria vida. Afinal, não determino meu modo de existência, mas procuro, da melhor maneira possível, me adaptar as falsas opções que o meio social oferece e exige como resposta.

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