terça-feira, 29 de setembro de 2020

O DIA DE HOJE

Nada de importante aconteceu no dia de hoje.
As horas tinham gosto de tédio
Nos fatos rasos de simples cotidiano.

Foi um dia banal,
Como tantos outros,
Onde a vida parecia esquecida
Em algum ponto distante
De qualquer passado 
Quase feliz
que grita dentro da memória.

Meus olhos perdidos
No simulacro urbano
Sonhavam a noite
No vazio de cada instante.
A  noite intensa
De um muito distante dia de Ontem.

Sabia nos números incertos do relogio
O descompasso entre o tempo e meus atos,
Entre o meu e os outros 
Nas exigências do horário marcado,
Na intuição de qualquer desencontro.

Não vivi no dia hoje 
Nenhuma experiência 
Digna do sentimento
Do peso de uma lembrança.

Nada de importante aconteceu
Para afirmar um futuro
Que que me livre
De amanhã  acordar novamente
Para um outro dia de hoje.









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