domingo, 20 de setembro de 2020

SONHO E IMANÊNCIA

Os dias passam
Entre tédio, cigarro e rotina.
E a vida segue indiferente, inexplicável e quase ilegível,
Na banalidade dos fatos rasos
E persistências oníricas.

Socialmente inventamos fatos,
Normas e significados 
Para administrar o caos da existência.

Mas nada mais faz sentido
Além do desejo e da resistência 
Contra o real e o banal da experiência, 
Em nome do afeto,
Do imaterial,
De qualquer outro modo de ser
Em devir e imanência. 
Nos seduz a intuição 
De uma nova terra
Entre o inefável  e a matéria.
É nela que se inventa o corpo,
A praia e a areia
Do desconhecido de  um mar encantado.



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