sexta-feira, 18 de setembro de 2020

A TERRA DOS PÉS

Levo uma terra sem nome
No rosto dos pés. 
Lugar contra o chão, 
Indiferente ao céu
Que reinventa meus passos
Na contramão da cidade. 

Sei o espaço aberto 
De um chão futuro
Inumano e selvagem.

Sei que em  um dia qualquer
A natureza
Nos livrará do pesadelo da humanidade. 

Só  então será possível
Inventar em nós 
Territórios vivos 
De absurda liberdade.




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