A criança que fui um dia nunca imaginou o fracassado que eu me
tornaria. Pelo menos do ponto de vista de todas as respostas que eu tinha para
a pergunta idiota de o que eu queria ser
quando fosse gente grande.
Quando me tornei “gente grande” fiz da regressão a infância uma utopia
triste e me transformei em um desajustado, alguém avesso as exigências da
maturidade e da idade da maldita razão dos fatos.
Que coisa mais idiota assumir papeis sociais e viver em um lugar no
mundo, quando o próprio mundo se revelara um amontoado aleatório de fenômenos
sem qualquer sentido. Não é possível adaptar-se a tamanho absurdo. Me desculpem
os conformados minha ilimitada franqueza. Mas a normalidade é algo realmente
doentio nos dias de hoje.
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