terça-feira, 5 de novembro de 2019

SOBRE OS DIZERES DO MUNDO

Tenho os ouvidos abertos aos dizeres do mundo. Mas não  gosto  de quase nada que escuto. 

São  tantos coros de opiniões  prontas, tantas certezas rasas, convicções morais e religiosas, opiniões  livrescas, discursos de autoridade, superstições,  mentiras institucionalizadas e verdades autoritárias, que já  não  sei dizer  se as pessoas pensam, ou se são  pensadas, adestradas e condicionadas, a abraçar qualquer significado que  justifique sua quase ilegível existência cotidiana.

No fundo são tantas as certezas , fatos e noticias que caem sobre nós todos os dias e em todas as partes, que nossas convicções são  frágeis e fadadas a unilateralidade de qualquer senso comum.

De minha parte, não  quero estar preso a qualquer opinião  formada. Não  quero ser coerente.  Prefiro rir dos convictos e aproveitar a vida entre os distraídos,  os idiotas, antes que alguma certeza aberrante acabe com o mundo.


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