Tenho os ouvidos abertos aos dizeres do mundo. Mas não gosto de quase nada que escuto.
São tantos coros de opiniões prontas, tantas certezas rasas, convicções morais e religiosas, opiniões livrescas, discursos de autoridade, superstições, mentiras institucionalizadas e verdades autoritárias, que já não sei dizer se as pessoas pensam, ou se são pensadas, adestradas e condicionadas, a abraçar qualquer significado que justifique sua quase ilegível existência cotidiana.
No fundo são tantas as certezas , fatos e noticias que caem sobre nós todos os dias e em todas as partes, que nossas convicções são frágeis e fadadas a unilateralidade de qualquer senso comum.
De minha parte, não quero estar preso a qualquer opinião formada. Não quero ser coerente. Prefiro rir dos convictos e aproveitar a vida entre os distraídos, os idiotas, antes que alguma certeza aberrante acabe com o mundo.
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