Mesmo quando pequenas, as
aglomerações humanas me causavam algum
tipo de asco. Detestava pessoas, o barulho que faziam, o teatro do gestual,
suas roupas, seus interesses e todo aquele ilimitado artificialismo que define
o teatro do mundo.
Submetido a experiência de estar
em meio a ocasiões sociais só pensava em
acender um cigarro e buscar uma bebida. Mas nem sempre era possível.
Só conseguia suportar as pessoas
quando elas estavam embriagadas e revelavam sem pudor quem realmente eram no
mais baixo da confusão humana. De fato, estou convicto que há algo de
profundamente decadente na humanidade. Somos animais doentes. Um bando de
insanos masturbando utopias, cultura e egocentrismo. Tudo, no fundo, se resumia
a isso.
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