Todas as noites
chegava em casa
depois de um dia vazio,
fechava a porta
e esquecia o mundo.
Ficava ali
frente a frente
com meus escombros
mais íntimos,
jogado na cama
contemplando o teto,
adivinhando o próximo ruído
que me perturbaria o silêncio.
Fosse a torneira pingando,
a buzina de um carro distante,
ou a frase solta de um dialogo
qualquer
na rua de traz.
Era impossível me sentir
realmente sozinho,
ter um pouco de paz.
Isso era um grande problema.
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